quarta-feira, 29 de junho de 2011

A crise da Grécia e o calote

Muito se fala atualmente da crise da Grécia. Tanto alias, que não pude me esquivar, preciso falar algo a respeito. Bom, vamos aos fatos: A crise da Grécia foi causada por gastos descontrolados do governo, gerando um déficit amplo e dívidas imensas. Não foi causado por nenhum outro fator, apenas este, todo o resto é balela. Foi causado pois os gregos se aposentam cedo demais, pois o governo tem funcionários públicos demais e de modo geral pela falta de uma boa gerência para controlar os gastos. Não é a toa que o governo grego que causou esse desastre é socialista, foram justamente os intelectuais marxistas que causaram a crise grega e logicamente que o problema não pode ser resolvido com ainda mais marxismo.

Mas o que a Grécia pode fazer agora? O primeiro passo é se livrar da escória esquerdista e eleger um governo conservador, mas e depois? Vejo as seguintes saídas para a Grécia:

1> Da um calote e diminuir a sua dívida. Por causa do calote o país não vai mais poder emprestar dinheiro e terá que diminuir seu déficit para zero subitamente. Lembre-se que o déficit é de 10% do PIB e que um governo federal normal arrecada no máximo 20% do PIB, logo o orçamento terá que ser cortado em 50%. É por isso que dar um calote é inútil para resolver uma crise de alto endividamento. Somente seria útil se o calote for perdoado na boa, o que é difícil de se conseguir. A Grécia terá 1 década perdida de aperto financeiro nesse cenário e alto desemprego.

2> Faz as reformas necessárias para pagar a dívida, reduzindo o déficit para zero. Com o aperto haverá provavelmente 1 década perdida de aperto financeiro e alto desemprego.

3> Sair do euro, converter a dívida para a nova moeda e fazer as reformas necessárias para estancar a dívida. Essencialmente igual ao cenário 2, mas com uma moeda própria desvalorizada, a Grécia poderá reavivar sua economia. O poder de compra da população irá cair, mas haverá mais emprego.

4> Sair do euro, não fazer reformas e imprimir dinheiro para pagar seus gastos. É similar ao que o Brasil tentou fazer nos anos 80. Lembrem-se que o Sarney tentou de tudo, tentou dar um calote, tentou imprimir dinheiro, nada adianta, somente controlar os gastos deu certo, só prolongou a crise. E no caso da Grécia também não daria certo, haveria uma crise de hiperinflação e várias décadas perdidas. O maior desastre possível.

Com a opção 4 descartada como a mais imbecil, resta ao meu ver as opções 2 e 3 como as mais sensatas. Na opção dois o poder de compra da população será mantido, mas o desemprego aumentará. Na opção 4 haverá mais emprego, mas menos poder de compra, pois a Grécia é muito dependente de importações, que ficara-o mais caras. O país simplesmente irá empobrecer e tocar em frente, ficando mais competitivo por ser mais pobre, talvez tenha até algum crescimento econômico com esta estratégia. As outras são claramente recessivas.

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